Um dia junhal
‘Oh, não doire o sonhar
do moribundo, lisonjeiro
pincel da fantasia.!’
Alvares de Azevedo
Um dia junhal
Ah, coraçãozinho podre,
como fui te encontrar.
Agora reunido em
torno a fogueira,
cozinho-te pra alimento
de meus amigos cachorros!
Ah, podre, quem me dera
ter a saudade por morada!
Quem me dera escarrar
na janelinha –de flores ornada-
e não chorar nunca +.
Oh, podre, que alimente tu
o novo amor.
Morto amor.