VERSOS APANHADOS NOS VENTOS


                             Linda e fantástica mulher, se você sentir lá no fundo em algum momento do seu dia, o quanto uma pessoa lhe faz bem e, se você sentir uma euforia por alguns instantes só em pensar nele, isso pode ser um sinal de que vale a pena experimentar e dar oportunidade ao amor. E, em breve, tornar real o beijo, o toque, o sentir da respiração, a voz de perto, o gosto e o abraço acolhedor.

                               Linda e sorridente mulher, de rumo em rumo, minha querida musa, voam como as aves cegas os meus desejos que são perseverantes de ti. Por isso eu te peço que não te vás, nem que seja por uma hora. Porque então nessa hora, se juntam as gotas das saudades. E, nesses minutos que te fazes ausente por uma hora, eu vivo me perguntando se um dia voltarás ou se me deixarás morrendo longe de ti.

                                Fascinante mulher, hoje eu te confesso que estou encantado por ti, por isso com muita humildade eu quero reverenciar os teus cabelos. Ah, pois esses amantes de hoje, não sabem como é indizível o prazer em pentear os cabelos da mulher amada. É certo, pois, que pentearei com os meus dedos feito um pente humano, provocando-te e causando-te um frenesi inefável.

                                Minha senhora muito amada,  em primeiro lugar queira me desculpar pela ausência, eu confesso que foi  contra a minha vontade. Somente sentirei o teu perdão, ó minha doce amada, se me invadires com a tua boca abrasadora. E depois, indaga-me se ainda me queres com esses teus olhos norturnos. Mas se não me quiseres, pelo menos deixa-me navegar e dormir com o teu belo sorriso.


Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 29/01/2009
Código do texto: T1411564