ALÍVIO DISTANTE

ALÍVIO DISTANTE

09/01/96

Ame o meu passado

cheio de uma ternura

sem definições

(por quem nunca a viveu).

Quando me chamarem,

já não sou esse,

o do passado glorioso.

Quando pedirem

para rachar lenha,

não haverá lenha.

Faça fogo, dirão.

Mas minhas brasas são fagulhas

de quem imaginou-se incendiário.

Ternura, ternura,

porque não me persegues?

César Piscis
Enviado por César Piscis em 28/01/2009
Código do texto: T1408547
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