Doeu!
Doeu...
Cortou como navalha na carne.
E me feriu...
Rasgou meu orgulho, com a força do ódio...
Feriu o meu amor de morte!
Cega por lagrimas, que brotavam da dor...
Tentava entender... O que você,
em sua louca viagem dizia. Frases repetidas,
de adeus!
Não queria acreditar.
Diante dos sonhos mortos...
Gritava por vida.
Ali,
concreto e absurdo.
A vida se esvaindo,
por entre a dor, e a descrença do que via.
E o amor, agonizante...
Morria!
Alí permaneci.
Precisando de vida.
Vida essa, ainda latente em mim.
Os olhos cerrei!
Num abandono total.
Numa distancia infinita...
Ouvia... som de vida!
E, numa tentativa unica.
Meu corpo,
conjugava o verbo amar.
Tentando permanecer viva.
Perdi a noção do tempo.
Reagir?
...Já não mais a vontade em mim.
Agora permitia-me o abandono da carne.
Permitia-me, ainda, diante do sofrimento.
Pensar!
Maldita loucura!
Maldito seja o amor!
Que mesmo na mao de seu algoz,
Ainda assim permanece... apático a qualquer dor
.... Teimando em viver.
teimando em ficar!