Nunca
Não hás de entender jamais o meu amar,
Tão pouco o meu escrever inquieto,
Pouco sabes sobre o amor, sobre sonhar,
Por isso saiste batendo a porta? Decerto.
Da intriga de mentir para si andas bem perto.
Nunca hás-de entender o que é esquecimento,
Que se dá, junta a escrivaninha que aperta.
Junto aos dedos, que despontam pranto,
Saber a dádiva(ou sina) de quem ama tanto,
Ainda que procures, nunca estarás perto.
Nunca amor, e me é tanta a certeza,
Pois amar a ti é algo por demais ignoto,
Amá-la me fora tristeza, és funesto.
E o sendo, hás-de sofrer, sem que veja.
Hás-de ter angústia ao ser impresso.