Silêncio

Fiquei sem compreender teu cálido silêncio; ruidoso e com todos os sons para mim. Ensurdecedor mas, a vergonha cobria minha face inexpressiva, porém, meus olhos brilhantes salvos na espera.

Perder a esperança é apenas uma imposição que o destino obriga, instiga.

Não submeto o meu claro sentimento a tamanho desencanto. Continuo desconfiando do inevitável. Na terra em que habito, as suposições têm a mesma constância das estações do ano - apenas alterações jamais previstas.

E o teu silêncio, persegue-me nas horas suaves em que prendo os cabelos, nas horas louváveis em que me debato contra a sombra do medo: o de partir - ao meio.

Fui tão longe pela tua procura; imensa ausência.

Suave é a dor que me faz rir baixinho, no triste tom de despedida.

Verônica Aroucha
Enviado por Verônica Aroucha em 01/05/2005
Código do texto: T14040
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.