liberto

Parece arrogância, minha idiossincrasia,

meu jeito reto de olhar os tortos caminhos dos homens.

É que há muito perdi a inocência, não creio mais nos homens, e para os deuses nunca tive paciência.

Aos quarenta fui liberto dum jazigo impenetrável

pela voz de um semideus, e, como lázaro,

rasguei minha veste sepulcral,

rompi com um deus antigo, para seguir um mortal.

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 24/01/2009
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