A cor do desejo

Quem diria

Que a cor do desejo

Fosse assim

Sorrisse pra mim

E de longe, ouvisse

A música que embalou

Danças, abraços, afagos

Estivesse tão perto

Mas tão longe

Tão distante, tão insensível

Tão indefesa e tão crítica

Quem diria

Que a cor do desejo

Se chamasse AMOR

Fosse luz, sabedoria

Tristeza e dor

Quem poderia sequer

Pensar que eu perguntei aos céus

O que fazer, qual o caminho a seguir

E como resposta, o abandono

Ausência, foi meu amigo cruel

Quem diria

Que a cor do desejo

Tão linda e tão soberba

Tivesse a certeza de tudo

Batesse na mesma tecla

Sem pensar que errada estava

Poderia dar tempo ao tempo

E repensar nas intolerâncias

Se as janelas do céu se abrissem

E em noite enluarada

Mostrasse o meu brado

Sei que não estaria errado

Se gritasse o seu nome

Por onde anda

A luz de minha rua

Que esconde nua

Uma serenidade

Sei que não foi por maldade

Sei que não sabia o que faz

Mas se a tristeza fosse

E nunca mais voltasse

Como sorriria, e nos momentos felizes

Dormiria o sono mais profundo

Aguardando ver de novo

A cor do desejo

Roberto F Storti
Enviado por Roberto F Storti em 23/01/2009
Reeditado em 23/01/2009
Código do texto: T1399807
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.