A cor do desejo
Quem diria
Que a cor do desejo
Fosse assim
Sorrisse pra mim
E de longe, ouvisse
A música que embalou
Danças, abraços, afagos
Estivesse tão perto
Mas tão longe
Tão distante, tão insensível
Tão indefesa e tão crítica
Quem diria
Que a cor do desejo
Se chamasse AMOR
Fosse luz, sabedoria
Tristeza e dor
Quem poderia sequer
Pensar que eu perguntei aos céus
O que fazer, qual o caminho a seguir
E como resposta, o abandono
Ausência, foi meu amigo cruel
Quem diria
Que a cor do desejo
Tão linda e tão soberba
Tivesse a certeza de tudo
Batesse na mesma tecla
Sem pensar que errada estava
Poderia dar tempo ao tempo
E repensar nas intolerâncias
Se as janelas do céu se abrissem
E em noite enluarada
Mostrasse o meu brado
Sei que não estaria errado
Se gritasse o seu nome
Por onde anda
A luz de minha rua
Que esconde nua
Uma serenidade
Sei que não foi por maldade
Sei que não sabia o que faz
Mas se a tristeza fosse
E nunca mais voltasse
Como sorriria, e nos momentos felizes
Dormiria o sono mais profundo
Aguardando ver de novo
A cor do desejo