(DES) Pedaços.*¹

"Senta-te, pequena. Toma o ar de vida da manhã. É só mais um novo dia. E cansa...cansa, pequena, ora o dia corre tão rápido aos pequenos e aos maiores o dia é tão curto, então corre...

Corre no sentido anti-horário, assim se faz melhor."

Parte II de algo que teve a parte I.

[...]...ao desequilíbrio que me rege. Sente?

Então não vive, pois. Para sentir o que "tenho", joga o teu corpo ao vento. Eleva-te.

Compõe o ar de oxigênio, componho-me em líquido. Numa sensação úmida de silêncio.

É por calar-me, por não dizer, que sei o barulho que a chuva produz.

Olha então do outro lado da janela agora que chove, assim pensa que minhas lágrimas são, também, gotas de chuva que caem.[...]

Elegia.

"Já não ouço mais conto-de-fadas. A época pede novas histórias. E é bom que não me venham com a previsão de um final feliz, deixe que siga na incerteza de que algo ainda pode me surpreender.

Na elegia que se faz como quase uma carta à negação, não vi nem senti cor alguma, sem entendimentos do homem como dono de tudo, sem crianças como futuro da nação, eu sou quase um oposto de mim mesma.

-Um dia desses; eu disse. E se foi.

Agora perdeu-se o perfume, fez-se muda, e como é que se pede para não lembrar? Ensina-me, por favor.

[...]

São tantas receitas miraculosas na inexatidão sobre os milagres, que peço tão quieta e fixa: conta-me mais um conto-de-fadas...."

*¹Trechos de textos diversos e tão desconexos quantos a obra na íntegra.

Ísis Almeida Esth
Enviado por Ísis Almeida Esth em 19/01/2009
Reeditado em 18/09/2010
Código do texto: T1393424
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