andante

Sozinho no mundo, contou suas histórias pra fumaça dos ônibus, cantou boleros antigos às buzinas dos carros, dançou com lindas moças enquanto outras passavam sem vê-lo, em um baile feito de lembrança e rotina. Sozinho no mundo, gritou de raiva quando vinham perturbar seu sonho. Sozinho no mundo, cambaleou bêbado entre os salões de concreto e cimento.

Sozinho no mundo deitou no asfalto pra ver o céu que lhe acompanhava.