SOBRE QUATRO DESTINOS - FINAL

Três homens, três destinos, a mesma incógnita. Três vidas, três perguntas sem resposta.

Três silêncios, três vulcões, três cidades superpostas.

Uma mulher em três tempos. Três vertigens. Três palácios. Seis renúncias.

Três reis para uma rainha três vezes destronada. Três reinos em ruína.

Três sem-razões. Três sem destino. Três Dom Quixote sem Sancho. Uma mulher de três faces.

Três enganos. Três plantios sem colheita. Uma fiel para três ritos. Três ritos sem nenhum Deus.

Três sentidos sem veredas. Três veredas sem saída. Uma rebelde sem três causas. Três causas sem consequências.

Três barcas de esquecimento. Três passageiros sem óbolo. Uma mulher carpindo três sonhos mortos.

Flores para sonhos a dormir...na noite sem retorno.

E no entanto... sonhos-deuses metamórficos no fim da noite aurora do quarto dia ressuscitando para sempre no âmago de cada um dos seres para que se possa novamente começar tudo de novo.

18 de janeiro de 2009.