MARCAS DO TEMPO

O tempo passa, segue vida a fora
Nada o contém.
O tempo, a vida não espera por nós.
Não percebemos que muda,
Que envelhece, apenas que ele não pára,
Está sempre seguindo, seguindo...
Ficamos para trás se não tivermos disposição
Para acompanhá-lo,
Sua vitalidade é tamanha, que não se cansa
Nunca!
Se não o seguirmos, certamente haveremos de parar
Para esperar as suas marcas.
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É o corpo padece
Por conta da gravidade;
E isso ninguém merece
Só por causa da idade.
Com o tempo vêm as rugas,
As manchas, a flacidez,
Contra elas não há fugas
Porque isso, Deus não fez.
Deixou que as marcas do tempo
Maltratassem-nos sem dó,
O cabelo embranquecendo,
Na mulher ainda é pior.
Para muitas a ciência,
Até consegue milagres,
Mas para outras a carência
Marca tão sem piedade,
Que o jeito é conformar-se;
Não há muito que fazer
A não ser resignar-se
E saber envelhecer.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional