Vida e Poesia
Minha poesia – Parte 1
Minha vida embala-se em poesia,
Em ondas poéticas navega...
Nas noites descanso em poesias os sonhos
Não rego flores cultivo poesia pelos cantos.
Alimento meu sol com versos,
Meus versos são sóis metrificados...
Poemas versos e rimas por vezes me abordam secretamente, lá no meu íntimo pedindo que os deixe ao mundo chegar...
Então o corpo treme, os olhos ardem, frio e febre se interpõe à agonia segue qual espasmos orgásmicos, é parto de Poesia, são gozos fantasiosos escritos pulsantes, versos que jorram!
Sou poesia na derme, transpiro múltiplas palavras, sou um sorriso rimado ao olhar, sou letras entranhadas na alma, aranha inquieta a tecer poemas vive em mim, extraio do coração alucinações transcritas em emoções, envoltas em esperanças!
Na minha poesia é claro dia, acordada ela me saúda e indaga, pede partida, passagem nos ombros asas de um personagem voa junto com minhas borboletas interiores!
De tanto olhar a lua minha poesia é prata, cala-se meticulosa, silencia, em pensamento indaga ao luar.
Minha vida – Parte 2
...descansam meus versos na obscura noite, ao vento, ao relento, livres é o alento, acham rumo aos corações de prontidão. Sursurando abrem portas e janelas, espantam os medos insones, prescrevem amor em muitas, infinitas doses...
Enfim, num canto sem fim, acordes passionais, sou um poema imperfeito, sou meus versos cantados, rimados.
Uma única confusão ou conclusão:
Sou eu a poesia? Ou a poesia sou eu?
Eu a construo ou ela me arquiteta?
Somos o que vêm das letras, versos, pergaminhos engarrafados ao mar,
Somos recados atados nos pés das aves que migram,
Versejar aposto nas velas das caravelas que singram oceanos,
Somos o som que encanta os marinheiros,
Somos escritos grafados em frondosas árvores,
Recados rabiscados nos bancos das praças
Somos a arte em tinta ou a fogo,
Somos tatuagens interiores, marcas feitas com sangue.
Somos a própria vida...