Completo
Completo
Ai do poeta
Todo audaz na janela
Tentando doces olhares
Virginais. Pobre donzela!
Mal sabe de seus amores,
Mal colhe a voz do vento.
Debruçado na esperança
Declina saudoso alento.
Ai do poeta,
pobre louca da rua.
Da tabuleta a home page
O verso lacrimejado,
Dolosa valsa ao relento.
Se na calçada da vida
Não embebeu alfabeto
Pois que da vida calçada
Poetas não levam nada
Nada mais que um ai
Completo.