O QUÊ OS OLHOS NÃO VÊEM
O que sempre vai induzir o descrente
As sombras que perseguem seus donos
Que se inibem em contornos deformados
Ou mesmo em formas sem contorno
E o escuro, que também não dá conforto...
A Luz, pelo menos, não nos deixa sozinhos
É melhor preferir ver, mesmo que nada vejamos
E se virmos, que não nos percamos
Que eu veja e que meu coração sinta
Que eu me sinta, mas não no direito
Porque há muitos que o mesmo sentem
Portanto, que venha sempre o de sempre, (ou não venha)
Algum dia conseguiremos desdobrá-lo
Eu não deveria acreditar só no que visse
Os cegos não são incrédulos, por que eu seria?
E enquanto o escuro não der conforto
Contentar-me-ei com formas sem contorno.