O QUÊ OS OLHOS NÃO VÊEM

O que sempre vai induzir o descrente

As sombras que perseguem seus donos

Que se inibem em contornos deformados

Ou mesmo em formas sem contorno

E o escuro, que também não dá conforto...

A Luz, pelo menos, não nos deixa sozinhos

É melhor preferir ver, mesmo que nada vejamos

E se virmos, que não nos percamos

Que eu veja e que meu coração sinta

Que eu me sinta, mas não no direito

Porque há muitos que o mesmo sentem

Portanto, que venha sempre o de sempre, (ou não venha)

Algum dia conseguiremos desdobrá-lo

Eu não deveria acreditar só no que visse

Os cegos não são incrédulos, por que eu seria?

E enquanto o escuro não der conforto

Contentar-me-ei com formas sem contorno.

Kadja Ravena
Enviado por Kadja Ravena em 14/01/2009
Reeditado em 01/06/2009
Código do texto: T1385150
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