[Transições da Vida]
Tudo tão rápido... como num filme!
Do balanço na árvore do quintal,
da caverna de pedras de estilingue,
dos banhos na alta torneira do tanque,
das brincadeiras das tardes calorentas,
para as rodinhas de amigos
na varanda da porta da rua:
as pilhas de discos espalhados na mesinha,
e os ansiosos planos para o baile no clube.
E agora, a volta àquela varanda,
horas e horas de memoração e espanto,
sentado na cadeira de cana-da-índia,
num tempo em que o Futuro é extinto...
E na varanda, a tudo assistiu
o mesmo vaso de antúrio...
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[Penas do Desterro, 14 de janeiro de 2009]