DEPOIS DA TEMPESTADE


Meu amor, não te constranjas
Se tiver que te afastar,
Minha dignidade é tamanha
A ponto de me calar,
Se por acaso este caso
Não puder continuar.

Espero que me conheças
Mais profundo do que pensas
E que do mal que padeças
Não te sufoque a esperança;
E que ela sempre cresça
Para não ser só lembrança.

Lembranças de um passado
Que nem está tão distante,
Mas que não passou de um caso,
Como de alguns semelhantes;
Que para nós, por acaso,
Pode tornar-se constante.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional