Um sonho
O tempo se espreita em minha janela e vê sentado, pensando nas coisas que estou fazendo.
Estou preocupado, tenso, rodeado de problemas, porém solitário.
Bate em minha porta alguém.
Abrindo-a encontro uma criança vestida de branco, procurando abrigo.
Ela me pergunta de se posso ajudá-la, respondo que sim.
Dou-lhe comida, roupas e repouso.
Ela me olha agradecida e me vê com os olhos cheios d’água e ternamente me pergunta porque estou chorando.
Eu lhe respondo, sorrindo, que antes de ela chegar eu estava triste, preocupado e solitário, apesar de todos os meus problemas.
Ela concluindo me diz que não é daqui.
Mora em um lugar distante, onde não existem tristezas, preocupações, e me convida; apenas impõe uma condição: que eu me torne criança para entrar lá.
Com os olhos marejados de lágrimas eu lhe respondo que entrar naquele lugar me será impossível.