Inesperado

De repente, as quatro mãos trôpegas

Tentaram segurar aquele vaso

E não conseguiram

O vaso de cristal, caro

Espatifou-se em vários cacos

Tão somente, as quatro mãos ávidas

Tentaram juntar aqueles cacos

Para, depois de colados,

Formar, de novo, um vaso

E não conseguiram, e, quiçá, jamais consigam

Hoje, as quatro mãos perdidas

Antes unidas por uma aliança

Vagam separadas

Tentando, não salvar um vaso,

Mas a si mesmas