FRIAS DEDUÇÕES

Não quero exagerar

E fazer um falso juízo,

Pois és a minha personificação

Por mim altivamente considerada.

Mas em suas atitudes estas deixando

Transparecer algo irreparável

Que me envolve a alma

Em um manto de amargura,

Um doloroso pensamento

Martela-me a mente

E perco-me em frias deduções.

Encarando-a, vejo sua muda expressão,

E sei que tens tomado em seu íntimo

Para mim, uma péssima decisão.

Diga, fale-me, por cruel que seja,

Porque findou em seus lábios

As doces e afáveis palavras

Que enterneciam meu coração?

Será que as belas flores

Que coloririam minha esperança

Já estavam condenadas

Antes mesmo de germinar?

Ajude-me a entender, eu preciso saber,

Porque se vier a perder seu amor

Já nada me prenderá a vida,

Sabes que ela já não me pertence,

É sua, e tens o poder de abreviá-la!

Sei que isto não é divino,

Mas confio no perdão do criador

Pois se o que trago no coração

É um amor pecaminoso,

Não sei se me cabe a culpa

Por tê-lo em excesso

E se o trouxe comigo

Foi com alguma finalidade

E creio que o senhor, não deixara,

Que finde os meus dias

Perecendo na dor de sua saudade.

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 07/01/2009
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