morto (Dedico, aquele que partiu)

Olho aquela auvorada rabiscada com as névoas do amanhã terno, aqueles rostos ali parados, como o mármore gelado ao hall de um castelo . Seria esta miha compaixão à eles? Pobres almas andarilhas, desta terra maldita da qual homens de sentimentos profundos são os que mais chegam longe ao sol.

Realmente não gostaria de chorar pois manchar tal solo seria manchar minh'alma, òh deus, lágrimas que escorrem deste rosto também gelado ao som dos alaúdes mortais a caminho do cortejo do infante. E até o fim ali permaneço como já sozinho, nesta noite onde todos se reuniram menos aqueles pobre coitados presos as própias grades do coração humano, um coração abatido e triste, sim coração, faz juz a tua ida, foi teu coração, maldito seja, mas não tenho forças para ofender-ti. Simplesmente choro, não resta nada além disso quando estou a frente de meu corpo. Agora um morto.

Gerson Firmino
Enviado por Gerson Firmino em 06/01/2009
Reeditado em 06/01/2009
Código do texto: T1370776
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