Janela
Uma janela fechada
Um olhar vaga por sua fenda...
O que será que há por trás dela, pergunta, a luz ou as trevas?
A mão, com dificuldade, a empurra
Não abre, está travada!
Do outro lado, uma voz fraca:
_Me ajuda!
E a mão, num ímpeto, a quebra
Estende-se, humilde, e fala:
_Mas eu não sei quase nada!...
E a voz, agora, descansando sobre ela:
_Seu quase nada, pra mim, é tudo.