pesou sobre os dedos
A morte não escolheu destinos. Pesou sobre os ombros e desabou pilastes de esperança. A sorte não existiu senão nos olhos das crianças. Pesou sobre os dedos e desabou sobre bilhetes de loteria. Faria de mim tão sóbrio mar sombrio? Não se escolheu a morte. Nem traços de fúnebres recados. Nem laços de efêmeros abraços. Pousou sobre os ombros. Pesou sobre os outros quilos de ternura. Agora só restou a morte, a sorte e os pesos cheios de saudade.