DEVANEIOS

DEVANEIOS

E aqui vou segundo sempre por instinto

Todos impulsos que sinto para qualquer direção

E sigo reto pelas curvas da estrada

Fazendo sempre de atalho todas voltas que elas dão

E toda volta sempre leva ao começo

É o começo de uma certa nostalgia

Pois toda volta é o regresso, anti-progresso

E a volta da tristeza da saudade da alegria

Tenho notado um tanto quanto aturdido

Que caminhos, idas, voltas sem sempre fazem sentido

Tenho sentido ultimamente tanto medo

Que as areias do meu tempo fujam-me por entre os dedos

Não faz sentido meus dedos, oh!como pude?

Por nas mãos a juventude que esvai-se como sangue

Sangue que sai do corte fundo da artéria

Da abstrata matéria que é a vida que se exangue

Mas tudo isso é parte de um devaneio

Do qual despertei no meio me perguntando porque?

Procuro sempre dilemas tão complicados

Pra me manter ocupado e não pensar em você