Palhaço

Qual alma tu vestes para ganhar este brilho que invejo

E que faz, desta alegria, toda a calma que procuro?

Não sendo a alma, triste, que me entorpece

buscarei, então, com as tintas que esconde teu rosto

fazer, na minha vida, tal igual contorno

e vivê-la -ei, livre deste abandono.

Empresta-me, agora, estes olhos que perguntam

se a alegria, desta fantasia, em mim reside

com eles olharei, para dentro, e descobrirei

se foi minha própria alma que, erradamente, invejei.

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 02/01/2009
Reeditado em 02/01/2009
Código do texto: T1363703
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