Instante
Sigo num tempo estacionado no ventre de uma abóbora. Relação criativa, colorida e indefinida... Estação transbordante, vazia, cheia e vazante. Momento que transgride o calendário pragmático e senta no açude. Quadra balizada na zona entre a semente e o chão... As flores respiram no empíreo, no hades daquela cavidade que mergulho intenso e lento.
Correndo na escalação traduzo a explosão na perna de uma arrancada, minha baliza é a ferragem da razão. É assim que dou vazão ao fecundo, vou fundo num momento e me encanto, canto, registro no verso o inverso do destino.