[Em Passo Lento]

Ah, como esses bois vão lentos,

Ah, como gemem os cocões deste carro,

Ah, como é sofrida esta viagem!

Também, pudera:

Amparado pela esteira do carro,

Lá vai o peso das minhas lembranças,

A massa do meu desalento de viver!

Oooaa Estudante, vai Coração,

Volta Boneco, seu boi tinhoso!

Vai Capitãooo, força Barroso!

Ah, criaturas mais sábias esses bois

Que carreiam as minhas memórias,

Sabem que a pressa é desnecessária,

Não sairão jamais dos meus olhos...

[Penas do Desterro, 31 de dezembro de 2008]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 31/12/2008
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T1360759
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