AMÁLGAMA
Antes mesmo, horas, do salutar almoço
A senhora quase idosa de olhos aflitos
segue pela trilha e estrada de ferro conflitos
E os netos pequenos, morenos, vão e nenhum moço!
A serra derrama areia branca que invade o mato
Que avista o gado matreiro a pastar
O vento que bate é o mesmo que vem do mar...
No chão o acúmulo da areia - serventia vil no arear com tato!
A areia alquímica tão alva como papel almaço
Os meninos que buscam desvendar mistérios com seus olhos bonitos!
A senhora transporta nas costas a matéria-prima do arear!
- As vasilhas de fundo preto na bica pós o alvoroço!
O fogo de lenha com chamas viris em estridente atrito.
E no árduo caminho de volta a fazenda, o silêncio a rezar!