Dedo de prosa.
Cá comigo, no meu peito botei o desespero a falar por mim.
Falei mal de todo mundo
Xinguei e injuriei sua lembrança
Cá comigo tive um dedo de prosa
Chutei algumas portas
Meti o dedo na minha cara
Falei pra mim o que eu merecia ouvir
Disse as plantas o porquê não as aguava
E para o gato o porquê ele estava ali
Xinguei meus irmãos
Meus avós
Pais
E tudo que mais eu tinha pra xingar
Dei uns tapas no rosto
E assim proseei até o memento de paz