Dedo de prosa.

Cá comigo, no meu peito botei o desespero a falar por mim.

Falei mal de todo mundo

Xinguei e injuriei sua lembrança

Cá comigo tive um dedo de prosa

Chutei algumas portas

Meti o dedo na minha cara

Falei pra mim o que eu merecia ouvir

Disse as plantas o porquê não as aguava

E para o gato o porquê ele estava ali

Xinguei meus irmãos

Meus avós

Pais

E tudo que mais eu tinha pra xingar

Dei uns tapas no rosto

E assim proseei até o memento de paz

Liviuca
Enviado por Liviuca em 30/12/2008
Código do texto: T1358961
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