Criança
Criança
Ah... Se para mim sobrassem as flores,
Todas, assim, cheias de vida
Sairia de minha alma, envaidecida, a confissão que eu te amo tanto assim!
Brincaria de esconde-esconde por entre elas
Mostraria meus olhos, tolos, em festa
Afagaria tua fronte umedecida pelo sol que, todos os dias, te faz viva.
Minha criança que não cresceu ainda
E que em minha alma seguirá pequenina
Aprende que, igual às flores, perdemos o viço
Mas nosso perfume fica, para sempre, como um feitiço.
Portanto, criança pequenina,
Se um dia te sobrarem flores, todas assim, cheias de vida,
Busca em tua alma, envaidecida, o amor que te dei
E agora, para sempre, em você habita.