Universo
Meu olhar perdido disfarça um escondido querer desonesto,
E libertino que é se dá ao direito
De transformar as armadilhas que eu mesma faço
em manhãs que minh’alma pura fica,
mas a noite, pouco pura confesso.
Em noites vazias, atiro-me em fogueiras de rimas e versos
Seguindo a viagem, sem mais espaço na alma
abandonando, em lençóis de cetim, toda minha calma
espreitando, silenciosa, o que é meu por direito
Devorando, na liberdade deste meu universo,
O prazer dos mais desejados verbos
Ter... Ser... Fazer... Viver...