Carta Ao Leitor

Escrevo com a esperança de obter entendimento de quem ler, além palavras grafadas... Digo esperanças, repito esperanças, afirmo esperanças ao dar credibilidade aos homens! A Humanidade precisa de credibilidade!...

Não direi quem sou. Descobrirá quem encontrar os cristais de lágrimas de tristezas e alegrias com as quais enfeitei os caminhos das montanhas ao redor da Cidade onde sou passageiro habitante, com ânsia de Cidadão da Pátria do Mundo!

Minha tristeza decantada não é maior que a tristeza da brisa que chora fuligem das usinas de cana-de-açúcar falidas. A dor em meu peito não é maior que a dor no ecossistema, ocasionada pelas queimadas dos canaviais invasores e depredadoras das matas nativas, onde perambulam espectros lendários tupiniquins e eguns dos primitivos habitantes quilombolas, formadores da consciência do nosso povo...

Entre canaviais de folhas amoladas, conquistei meu tempo, olhando ao longe os perdidos passos dos habitantes do barulho dos homens.Eu, fugitivo em busca dos sonhos despertos dos mundanos.

Na reciclagem dos sentimentos, cartas e poemas de fracos versos, foram incinerados. Outros, salvaram-se de intempéries dos sentimentos. Mais outros, ressuscitaram. A Vida é um renascer constante!

Ofereço esta obra à todos que seguem o verbo AMAR como Jesus Cristo trouxe à Terra: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças... Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Marcos, 12:29-31); “Amai vossos inimigos, fazei o bem aos que vos têm ódio; e orai pelos que vos perseguem e caluniam; para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus, o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus e vir a chuva sobre justos e injustos...”(Mateus, 5:44-45).

Nestas páginas, deixo palavras que o vento não pode levar. Outras palavras foram impregnadas na fuligem do ar palmarense e misturadas à chuva; levadas para o leito das águas doentes do Rio Una, o “Negro” que os poetas não cansam de tentar curar com os cânticos de rimas diversas...

A Arte, “minha amante”, gerou estes filhos que compartilho com o leitor. E, na lucidez dos devaneios por esta Senhora Adorada, deixo a certeza que não conseguiram calar o AMOR no sonhar e tê-la!

O sonho continua... E eu sonho, sonhando...

© Jaorish Gomes Teles da Silva

Do livro RECICLAGEM DE SENTIMENTOS (1ª Edição publicada aos 7 de Setembro de 1998, 2ª Edição publicada em março de 1999 e 3ª Edição publicada aos 30 de Dezembro de 2004).

Mais informações no site do autor: www.jaorish.xpg.com.br

Canal no YouTube com clipes do autor: www.youtube.com/Jaorish

Jaorish
Enviado por Jaorish em 27/12/2008
Reeditado em 27/12/2008
Código do texto: T1354738
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.