***DEVOLVA MINHA POESIA***
Brotou uma poesia escondida por entre as flores do meu jardim *
Da inspiração insisto em mantê-la viva, tento colher uma rosa, *
Mas, os espinhos... Ah! Os espinhos sangram meus dedos, * D
Sorrio pra ela, mas meus olhos estão úmidos e tristes, *
Embaçados não conseguem ver sequer um jasmim *
Não vejo também um perfeito amor-perfeito * E *
É que em meu coração chegou o inverno,
E a muito se foi a minha primavera... * V * *
Não vejo as cores do meu jardim, *
Foram tingidas pela cor carmim * * O *
É que dentro do meu coração *
Tem um jardim que sangra, * L * *
Descortino tuas folhagens,
E as borboletas se foram... * * * V *
Por onde andará meu rei * *
Que jurou-me fidelidade? A *
Onde foi meu jardineiro... * * * M
Abandonou seu canteiro, *
Desbotou meus sonhos, * I * *
E partiu levando a rosa...? N *
Esmaecidas estão as folhas, * * *
Dançando ao sabor do vento, * * H *
E tripudiando com a minha dor, * *
Olho esse céu azul que me cobre, * A * *
Aspiro do ar teu excitante perfume, P
Busco inspiração pra libertar as letras, * * *
Tento criar um poema, ou mesmo canção, O
Os vagalumes colhem as notas soltas ao léu, * * E *
E as levam pra bem distante dos meus sentidos...
Anseio dar vida a poesia, desvanecem tal as luzes. * S *
Cala-se a inspiração em mim como eco sem resposta,
Gotas de orvalho moldam meu rosto tatuando-me a face * I *
Volte ao jardim meu fiel jardineiro e replante o seu canteiro! *
Devolva minha poesia...! E o amor perfeito que plantou em mim, A
Quando a ti dei meu coração elegendo-te senhor desse meu jardim! *