Pintor

Um convite na decência dos mais indecentes lhe faço.Eu ser insensato mergulhado no teor alcoólico da loucura quero pintá-la!

Observo-a pura em sua roupa transparente me desafiar. Enxugo as lágrimas das amarguras, tomo de um só gole todo seu veneno, olho - ti a zombar-me. Você amor doentio mais que verdadeiro. Desafia-me a lhe entender!

Não nego! Tenho medo de mergulhar na magia dos rascunhos dos erros que outrora cometi. Luto comigo mesmo espantando toda a tristeza. Novamente a fito em seu maldito e tortuoso jogo vestida na sua transparência, mas de alma inteiramente nua.

Sem mais nada a dizer começo a pintá-la!

Musa dos meus anseios, delírio e sofrimento impuro gótico. Blasfemo com o pincel, sujando a tela com os contornos do seu corpo delicioso.

E maldito corpo! Imagino-a nua, pura das mais impuras pinturas.

Amaldiçôo-me por poder lhe pintar, mas não poder gozar e provar do seu corpo.

Em transe total, musa maldita continuo a criar.

No meu quadro sua beleza se transforma. Você sorri, vendo-me solitário eu por ti gozar termino a pintura, desnudo sua alma em meu quadro.

Sem tocar no seu corpo eu maldito pintor pintei e amei você.

EDU
Enviado por EDU em 26/12/2008
Reeditado em 07/01/2009
Código do texto: T1353436