AMOR DOENTIO

Outra vêz brigamos,

Por fatos banais,

Velho preconceito

Das noites intelectuais.

Dissemos bobeiras,

Brincando com á vida,

Ovulo não flechado,

Cena calada, não partilhada,

Poderiamos ter chamado

Alguém do nada,

Saciando nossas atrapalhadas.

Somos mesquinhos

Ao termino de cada alvorada,

Passeio, festa e outros lazeres,

Show, baile e música ao vivo,

Cineclube, jantar e exposição,

Quando a noite terminava,

Iniciava ferida, em cada qual coração.

Eram repentinos momentos

Quais não queriamos fazer acontecer;

Rolavam-nos, giravam-nos,

Mascarados, consumavam,

Quando aquilo acabava

Juravamos não mais repetir.

Depois...

Nova atração, caisa animal,

Outra e mais outra evolução,

Nosso romantismo, não mais existia,

Era como subir numa escada,

Granito, piso frio,

Identidade, da verdadeira hipocrisia.

Você me idolatrava,

Eu, burro te adorava,

Nem eu e nem você sabia

O que era querer o bem do outro,

Nós não entendiamos

Dramático problema,

Nossas vidas, ambas vazias.

Só viemos a descobrir

Quando nos perdemos

Foi no nosso existir

Ao entrarmos em pânico,

O nosso amor

Sempre no deserto andava,

Já era somente pó

Espalhando a beira da estrada.

Precisamos crescer

Ter caridade suprema,

Recomeçar a vida

Num fixo alvorecer

Ou...

Adeus para sempre.