Mortos, louvai!
Ao que me seria certo, estou a cargo de reger o cântico. A sim, o canto mórbido daquele coro imortal. Imortal ante à miséria, fome, a guerra. Sim louvai, os mortos de espírito na esperança de que a metáfora macabra implante em seus corações o frio da verdade.
A verdade do qual vos digo, aquela da qual não acreditas, mas vive como o um. O único, o ser, o nada. Mas o nada, nada é pois além de todo o além no impossível viver, lá esta à vida que surpreende a todos, como a mim mesmo.
Por isso digo, Louvai!, Mortos louvai pois a quem cante por ti. Por que o caminho da morte é mais difícil quando na verdade estamos vivos.