UM NOVO TEMPO?
Limiar de novo milênio!
Parodiando nossos descobridores:
“Século a vista”
Momentos de tensão, mundo conturbado,
Vida difícil, graves moléstias, Guerras!...
Homem em tensão.
Prepotência, pior de tudo,
Partindo do próprio homem,
Eterno ser passante entre viventes
Que, ao simples detalhe, ignora!...
Progressos?!
Estéticas artísticas produzidas,
Consideradas modernas, evoluídas,
Talvez em nome do bem-estar da nova era.
Outro detalhe importante:
NEO-LI-BE-RA-LIS-MO!...
Afinal, o que existe? Filosofia tão filosofada
No glossário do dia-a-dia?!
Nada de novo acrescenta,
Apenas cientificismo, velocidade,
Tecnologias, idolatrias aparentes,
Incoerências, talvez?
Ou, quem sabe, revivendo
Em pleno tempo presente fatos medievais:
“Peste Negra”, talvez...
Vestidos com outra roupagem,
Na jornada primeira do Decameron,
Pampinéia acusa constrangedores percalços
Pela humanidade amargados.
Ao homem restou-lhe a razão
Para um novo mundo adotar.
Séculos ficaram para trás...
Será que no milênio próximo
Talentos novos encontrarão soluções?
Ou por mais um milênio, ficarão filosofando?
(Publicado na Agenda “Dias de Poesia” – Ano 2002 – 2003,
Via Sette Editorial, SP)