Asas de mármore!
Perdoe-me se fui insensato ou incoerente.
Culpa , penso eu, da minha mórbida vontade de ir além de onde meus pensamentos alcançam.
Talvez, por um tempo, eu não veja mais heróis no meu céu, nem sinta qualquer glória na minha guerra. Mas tocarei pessoalmente os sinos anunciando minha chegada na reta final.
Desculpe-me por acreditar em tudo aquilo que não fomos, não fizemos e não dissemos.
Porque me deste asas, quando sabias que sou feito de mármore?
Agora o que resta da dança dos teus lábios, da eletricidade do teu corpo e da magia da tua paixão, é poeira, varrida pelos ventos da lembrança.