BANHO NA ALMA
Quando a chuva vem
Com seu manto transparente
Olho pela vidraça
Isso toca em mim profundamente
Começo a contemplar
Os pingos esporadicamente
Que batem na flor
E a delicadeza da rosa sofre o acoite
Sem reclamar de dor
Minha alma aliviada suspira...
Meu coração sorri
Como uma manhã de primavera
Minha vida se renova
Livrando-me de toda amargura
Torno-me luz... Volto a sonhar
Meu olhar tem um novo brilho
A chuva dissipa
As energias ruins
Elevo meu pensamento
E o céu me dá asas
Espelho-me na imensidão do azul
Que espetáculo maior!
O sol sempre volta
Após enleio torrente
O brilho enobrece a flor
E as margaridas em torvelinhos
Acenam o vento
O perfume...
Um ato de gratidão