BANHO NA ALMA

Quando a chuva vem

Com seu manto transparente

Olho pela vidraça

Isso toca em mim profundamente

Começo a contemplar

Os pingos esporadicamente

Que batem na flor

E a delicadeza da rosa sofre o acoite

Sem reclamar de dor

Minha alma aliviada suspira...

Meu coração sorri

Como uma manhã de primavera

Minha vida se renova

Livrando-me de toda amargura

Torno-me luz... Volto a sonhar

Meu olhar tem um novo brilho

A chuva dissipa

As energias ruins

Elevo meu pensamento

E o céu me dá asas

Espelho-me na imensidão do azul

Que espetáculo maior!

O sol sempre volta

Após enleio torrente

O brilho enobrece a flor

E as margaridas em torvelinhos

Acenam o vento

O perfume...

Um ato de gratidão

Angeluar
Enviado por Angeluar em 22/12/2008
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