Pra que mentir.
Fingir que esta é a vida que planejou.
Deixar meu coração confuso.
Brincar de ser feliz, se tudo é perfeita infelicidade.
Olhar e não se declarar, ensaiar e declamar uma fala
pronta.
Conter as emoções, apresionar os sentimentos.
Amar contextos vazios e dizer que é de verdade.
Se todas as verdades existentes são as mentiras
compactas do egoismo.
Não entender para se viver.
Apenas viver para ver no que dá.
Simplesmente insustentável sustentar a vida sem
acreditar.
Não há amor para um coração partido.
Perdão quando não nos perdoamos.
Solidão momento de encontro, partida das ilusões.
Sofrimento opção, lágrimas purificação.
Razão o caminho coerente para se seguir.
Quando a paixão passa, o amor se torna em vão.
E se faz um abismo de incertezas.
Pra que teimar, desta vez que seja despedida...
CAMOMILLA