Natal: 8
UM CARTÂO DE NATAL INUSITADO________
 
“Cheguei ao ponto construtivo destas considerações. João Brandão, que às vezes é modelo de sabedoria relativa (a absoluta consiste em deixar a fantasia agir), contou-me que todo ano recebe um cartão nesses termos: “CALMA, RAPAZ.”
“E quem é que te manda este cartão ?” perguntei-lhe. “Eu mesmo. Entro na fila, compro o selo, boto na caixa. Porque se eu não fizer isso, ninguém o fará por mim. Ao receber a mensagem, considero-a mandada por um amigo vigilante e discreto, e faço fé na recomendação, que eu saberia me impor, diante do espelho.” Pausa e continuação: “Tem me ajudado muito. Você já reparou que ninguém recomenda calma a ninguém, na época de desejar coisas? Deseja-se prosperidade, paz, amor, isso e aquilo (‘tudo de bom para você’), mas todos se esquecem de desejar calma para saborear esse tudo de bom, se por milagre ele acontecer, e principalmente o nada de bom, que às vezes acontece no lugar dele. Como você está vendo não chega a ser um voto que eu dirijo a mim próprio, pelo correio. É uma vacina. “   Receita de Ano Novo. Carlos Drummond de Andrade. Página 89. Editora Record.
 
Se tu mandasses um cartão para ti mesmo, o que escreverias? O que desejarias?
Nesse final de ano envie uma mensagem a ti mesmo. Lembre o que te comove, o que te toca, o que te dá esperança, o que te faz sonhar, desejar, rir, amar...viver plenamente!
Escreva ali a “vacina” que vai imunizar-te, salvar-te...DE TI MESMO!!!
 
E FELIZ RE( ENCONTRO ) COM O QUE DESEJAS!

Karinna
Enviado por Karinna em 21/12/2008
Reeditado em 21/12/2008
Código do texto: T1346790