Indigente 4
Tranquei meu eu-lirico por muito tempo que agora ele quer sangue, meu sangue, seu sangue. Ele me toma e me faz escrever:
"Ódio impio, que zomba
Frenesi alucinado
Liberdade
Luz cegante dos dois Sois
Luz e Calor
Inferno vivido
De prazeres coléricos
Ego arcaico
Saber antigo
Serpente sabia
Que morde a cauda
Circulo perfeito
Redenção
Morro
Renasço
Transcendo
Por quanto fugi do Sol?
Saudades do não saber
Como era facil
Viver
Agora choro
Aágrimas de sangue
Respiro enxofre
Sofro
Sou feliz"
Terrível meu eu-lirico se tornou depois de ficar tanto tempo trancado, suprimido. Não me permite dormis ou sonhar. Tudo o que vejo é rubro. Saudades da infancia simples, onde um "porque sim" bastava. Hoje bebo cicuta todos os dias.
Não tranque seus eu-lirico, um dia ele se liberta, com ódio, e vai querer sangue, seu sangue, meu sangue. Nada será pouco para ele. Nada será Nada, e Tudo será UM.