Não me digas adeus

Não me digas adeus

Vanderli Granatto

Não se pode dizer adeus assim.

Tanto pedi para que aparecesses, tão somente para mim!

Qual não foi minha surpresa,

quando ao abrir uma mensagem,

eras tu, quem estavas ali.

Há muito te enxergava pela imaginação,

nos campos e campinas a correr altivo,

naquela imensidão.

Ah, meu Deus que encantamento tinha,

ao saber-te ali, tão perto de mim!

Me via a correr também pelas campinas, ao teu lado.

Tão juntinhos altivos, felizes a andar,

correr, dançar pela relva fresquinha,

próximo aquela estrada.

Cabeças erguidas, olhares para frente, esguios,

como se fossemos mesmo,

a perfeição, em perfeita junção.

Seriam nossas almas que rogam, apelam

para se encontrarem por aqui?

Te enxergo em doces sonhos, não sei o que acontece.

Juro, quisera saber, pois és meu sonho encantado!

Nós dois num sonho alado.

não te esqueço um só instante,

não existe cedo ou tarde.

Estou aqui, acolho-te!

Não te sintas oprimido!

O que vale nesta vida são os sentimentos

e sentir isso, tão bem sabemos, o quanto é bom!

Estou em silêncio, pedindo aos anjos,

para que eu possa entender, o que está acontecendo.

Ouço a música que vem de longe.

Somos poema em sintonia.

Amor em desvario, exaltando o que queremos.

A dor que sentimos separados é tanta,

que algo maior veio até nós, a nos unir nesta esfera, agora.

Se estás disposto a me esquecer, triste ficarei.

De angústia morrerei,

ao saber que não me queres, nesta vida.

O tempo não conta a duas almas

dispostas a acreditar nesse eterno amor.

Venhas amor...

O campo já está coberto de flores!

Os rios estão a correr com águas limpidas!

A chuva em profusão purificou nossas almas,

canta em festa o coração!

Venhas me encontrar,

para vivenciarmos esta célere paixão.

Vanderli

11/12/2008

Botucatu/SP/BR