Epitáfio da Donzela de Ferro
O peito ainda pegava fogo, ardia em chamas
A dor maltratava, via-se no rosto as marcas
Até que a razão se rebelou, educadamente
Falou baixo aos ouvidos: Se for pra se matar,
se mate pelo que valha o que respiras.
Não bastou muito:
Lembranças de pouco tempo atrás
Pelo que fez, se mostrou do que é capaz
de fazer, em teu narcisismo que é de praxe!
Larga-te a burrice de lado!
Escolhe tu: pisar ou ser pisado?
Se não lhe merece o sentimento dedicado
Foge enquanto há tempo!
Há, de bem, que queira estar a teu lado!
A libertação é árdua
O peito ainda pegava fogo, ardia em chamas
Somente a razão (Ah, a razão) pra jogar a água
E apagar, enquanto de lá pareciam
tacar-lhe era álcool.
De certo, sabe bem o que lá se faz
E não sabe de livros ou filmes, sabe de mais
Sabe da vida, do que presenciou outrora
Então, eleva-te e mostra quem é que merece agora!
Faz valer-te os ensinamentos
Faz-te o bem por algum momento, se bem que mereças
Se não é pra qualquer um teu merecimento
O elo foi soldado, mas cá tenho serrotes e seguetas.