Cansaço predominante

O cansaço produz alternativas sarcásticas e irônicas de descaso. Com falsos pensamentos passamos a ter vontades impróprias. Nada se compara a preguiça predominante, diversificada pela opulência cabalística ou pela falta do que fazer.

A fadiga nos envolve em uma dimensão transcendental. Não há limites para o desânimo repentino. A batalha entre as forças é imperceptível até a aparente derrota. Por outro lado, a vitória contradiz todo esse pensamento e o fato de querer alcançá-la envolve a alma em uma capa protetora. Em meio a essa estranha sabedoria os tormentos se acumulam e a bola de fogo não para de crescer.

O absinto se perdeu e a fúria aparece em meio às cinzas do egoísmo. No final o falar é egocêntrico e o pensar harmonioso. As almas temem os desencorajados. Os fracos esmorecem, os desinibidos se perturbam e o combate permanece inalterado. As idéias apesar de parecidas são antagônicas e o bem continua triunfando.

Devido a atos infames o homem cai e estrepado se entrega e vence o mal. A energia gasta teve seu valor e o cansaço deu ao mundo uma nova vida. Com paciência a esperança se sobressai e reergue os abatidos. O corpo já não interessa aos pacificadores e a terra sofre uma metamorfose dissimulada. O que difere entre a vida e a morte é o poder de renuncia de quem vai e de quem fica. O ânimo se restabelece, mas o cansaço, aos poucos, continua...