Neófito
Hoje eu quisera
A alegria que ungia meus dias,
O otimismo que, a todos contagiava
A energia, que não permitia cansaço,
A visão de águia que, tudo, abarcava
Mas o tempo passa, deixa marcas
Aniquila!
Dá-nos também, discernimento
Cautela, ponderação, auto estima,
Senso crítico, apurado...
Nesse instante, penso na evolução do ser!
E no combustível que o impulsiona a sobreviver,
O amor!
O vento traz a semente,
E sem que queiramos cultivá-la
Ela se auto, implanta, germina
Fortalece raízes, cresce, vigorosa
Ocupa um espaço, como se fosse seu
E como fica o neófito?
Vulnerável!
Todo aprendizado, cai, no esquecimento
Deixa o senso crítico de lado.
Readquire forças, ama, desesperadamente!
Ai vem o temporal, a despeito da robustez,
Aparente...
Raízes são arrancadas, deixa, sulcos abertos
O ser sente-se frágil, impotente, o caos instala-se,
Diante do conflito, entre amor e ciúmes...
Nesse momento o sofrimento é atroz,
Assim, continuará em sua peregrinação,
Até, galgar, todos os degraus da iniciação...
Quando nada mais o atingirá!
A “sabedoria” o fará senhor de si,
Semente alguma, seja de amor, ou de ódio
Alegria, tristeza, dor ou prazer
Frutificará, a ponto de o afetar
Perceberá fatos com olhos da razão e, não da emoção...
É longa a nossa jornada...
Íngreme, estreita, sinuosa, com fortes rajadas
Conseguiremos, alcançar o cume?
Incógnita!
Nadir A D’Onofrio
06/12/2008*14:50
Serra Negra-SP
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