ESTE DESESPERO!
 
Fecho os olhos e te vejo em sonhos
Como um fantasma a me perseguir
Me desespero, sinto-me um nada
Á margem da realidade
Sem ter onde ir!
 
Busco um sorriso em minha face
Pois que das lágrimas sinto o sabor.
Criei raízes na solidão
Na incapacidade
De ter outro amor!
 
Sabes que és o ar que respiro
O sol de meus dias
Das noites, a lua.
Vencida - aos teus pés me atiro
Em torpe agonia
Exponho-me, nua!
 
Me busca, me tenhas
Em mim te embrenhas
Por última vez!
Sufoque esta sanha
Abre estas entranhas
Em minha escassez!
 
Sou fera carente
Desejo premente
Como epidemia.
Me prenda no laço
P'ra ser em teu braço
O que tu quiseres
Uma - entre as mulheres

- Escrava... vadia!