Loucuras do Amor.

Naquele dia, ela faria uma pequena viagem. Despertou quando ainda era madrugada. Aliás, talvez nem tenha dormido durante toda a noite. Estava ansiosa. Somente a beleza daquele crepúsculo matutino, que enchia seus olhos e os pássaros que cantavam afinadamente, como uma bela sinfonia, poderiam acalmá-la. Parece que a natureza preparara tudo para ela, tornando-a mais serena, mais suave. Seria sua cúmplice? Possivelmente!

Seu coração acelerava excessivamente, quando pensava que logo iria desfrutar da presença de seu amado. A saudade lhe doía nas entranhas d’alma. Precisava de cura.

Experimentava uma sensação indescritível, como se estivesse flutuando, era pura emoção; tanto tempo havia esperado aquele momento e enfim, chegara.

Embora fosse curto o percurso, mas era uma viagem! Adorava viajar! E essa seria pra ver o seu amado, venceria qualquer obstáculo.

Enquanto o automóvel deslizava velozmente na auto-estrada, manteve-se muda, estática; as expressões podiam falar por si – seu sorriso maroto, seu olhar sedutor, seu corpo trêmulo, num frenesi nunca sentido. Só havia um pensamento em sua mente: viver intensamente cada momento. Estaria sonhando? Não! Era realidade.

Sua estada seria um breve tempo – apenas um final de semana, porém queria aproveitá-lo, tornando-o inesquecível junto ao seu amado.

Chegou ao seu destino e lá estava ele a esperá-la. As portas estavam abertas – do apartamento e do coração. Entrou.

Ele esboçava um sorriso de satisfação, de felicidade e um olhar cheio de desejo e paixão; rapidamente percorreu toda a silhueta da amada e disse-lhe: você está linda! Ela também sorriu e dissimulou.

E sem mais demora, se envolveram num abraço apertado, um longo beijo... era tanta saudade, tanto desejo... As atitudes falaram mais alto. Esqueceram-se do mundo. Entregaram-se ao amor. Loucuras do amor.

Aquele instante não pertencia a mais ninguém a não ser ao apaixonado casal.Viveram intensamente. Foi gravado em suas almas o êxtase vivido ali, pra sempre!

Veio a paz, a segurança, a certeza... era o amor. Veio o silêncio.

De repente, ela o olhou e falou: já comecei a sentir saudades...

E ele: Não sinta! Estaremos sempre unidos – mesmo a distância – por nossos pensamentos e pelo amor, que em nós se eternizou.

Cellyme
Enviado por Cellyme em 06/12/2008
Reeditado em 06/12/2008
Código do texto: T1321195
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