Machista: o homem pior da espécie
Há quem me faz bem e quem me faz mal, muito mal, apenas por existir, é como uma chuva que cai de repente, não tem plano, embora previsível sob o ângulo da meteorologia. Tem gente e lugares assim: carregados. E eu não sou de crer mais, tanto, em coisas invisíveis, mas há quem leve meu astral ao fundo do poço, ao osso da reação positiva. É preciso ter muita força, às vezes, para sair de situações que entramos em parafuso, em verdadeiro fuso horário, como em certa noite em que a troquei com o dia e fiquei horas fora de sintonia.
Há travas na porta, é preciso coragem e pulso forte, sem norte ninguém fica em pé, prumo e rumo são tudo, mesmo no mar, sob tempestade, direção é da maior precisão. No dia-a-dia também há quem perca o rumo. Há quem preste para certas coisas como puxar saco, lamber sola, badalar político, é duro manter a dignidade nesta área. Geralmente onde tem poder, ronda a promiscuidade, a badalação e a falta de compostura. Aliás, há coisas que não gosto mesmo, e o pior, posso dizer, são o machismo e o racismo, aliás, acabam sendo a mesma coisa. Por força de ofício tenho lido jornais populares, e o que tem de machista matando, atirando, degolando mulheres por aí. É muito.
É preciso estar atento e forte, não há tempo para temer a morte, nem o desemprego, nem a crise tão decantada e que nos foi atirada no colo pelos americanos em pleno período natalino. O povo nem sabe o que lhe espera em 2009. Tudo previsto por Marx no século 18, o capitalismo é assim mesmo, vive de crise, inflação, recessão, escravagismo, colonialismo, deflação, globalização, estatização e privatização – é o sobe e desce do dólar e da Bolsa, o vende e compra de títulos e almas.
Voltando ao machismo, não suporto estes tipos, gente que mata ou agride porque acha que a mulher, a namorada ou a ex têm que ser cativa, não ter outra opção etc. Essa é a pior espécie de homem. Tem aquele que acha que uma ex-mulher será sempre propriedade sua, ou que tem algum ascendência natural sobre ela; há os que matam, os que mandam, os que se acham os tais. Uma herança maldita que não sei de onde veio, mas é certo uma coisa: não pode ser própria do homem. O machista é um pré-homem, ser bruto, o pior da espécie, resquícios dos homens das cavernas.