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Reticente. Como um passo tímido no escuro. Um navio inerme a perscrutar o indizível. Um amargo gosto a penetrar o tato. Um medo brando. A arma branca. A vida tímida. Uma mancha. O mata-borrão. O espelho inerte. A face reclusa. O olho que se esconde. O olhar que se perdeu. Reticências. O tempo preenchido de silêncio vasto. A hora torpe em que tudo se perde. Em que se esquece. Em que se promove esquecimento. Desconexa. Como pontos justapostos à espera do enigma. Indecifrável. A esfinge exausta com sua clave afoita. Indelével. O passo trôpego. A corda sempre-bamba e os avessos. Ave. Versos. Rapina. Maria. A guerra é tanta. É fria. O fogo é fátuo; o médico e o monstro. O bêbado e o equilibrista. O joão-bobo, pé-de-moleque, café-com-leite, pelada vazia. A esquina está vazia. A lua se vai alta. Faz calor por aqui. A água está morna? Reticente. Como um passo tímido a espreitar o campo...